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(Douglas Adams, 1952-2001)

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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Resposta de Zilma Ferreira ao texto "A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO CIENTÍFICO: O OBSERVADOR E O OBSERVADO"


As Ciências da natureza são consideradas as pioneiras e a base da idéia de cientificidade, no entanto, não está absolutamente comprovado que já atingiram sua expressão adequada. A física quântica com suas descobertas e a teoria da relatividade, entre outros temas científicos, está revolucionando no seu campo as idéias de espaço, de tempo e de relações sujeito-objeto.

A cientificidade, portanto, tem que ser entendida e pensada como uma idéia reguladora de alta abstração e não como sinônimo de modelos e normas a serem seguidos. A trajetória histórica da ciência revela não um “a priori”, mas o que foi feito em determinado momento histórico como toda a relatividade do processo de conhecimento.

Nesse sentido, pode-se dizer que o trabalho científico tem duas direções:

- Elaboram suas teorias, seus métodos, seus princípios e estabelece seus resultados;

- Inventa, ratifica seu caminho, abandona certas vias e encaminha-se para certas direções privilegiadas.

Os investigadores ao fazer tal percurso eles tendem a aceitar os critérios da historicidade, da colaboração e, sobretudo, tem que se imbuir da humildade de quem sabe que qualquer conhecimento é aproximado, é construído.

Ora, se há uma idéia de vir a ser no conceito de cientificidade, não se pode trabalhar, nas Ciências Sociais, com a norma de cientificidade já construída.

O objeto de estudo das Ciências Sociais é histórico. Significa dizer que não é somente o investigador que dá sentido ao trabalho intelectual, mas os seres humanos, os grupos e, as sociedades dão significado e intencionalidade as suas ações e construções, na medida em que as estruturas sociais nada mais é que ações objetivadas.

Nas Ciências Sociais existe uma identidade entre sujeito e objeto, ou seja, na ciência o observador é parte de sua observação.

Outro aspecto é que as Ciências Sociais é intrínseca e extrinsecamente ideológica. E não se pode negar que toda ciência é comprometida, pois veicula interesses e visões de mundo, embora suas contribuições e seus efeitos teóricos e técnicos ultrapassem as intenções de seu desenvolvimento. No entanto, nas ciências físicas e biológicas ocorre de forma diferente do comprometimento social, pela natureza mesma do objeto que coloca ao investigador. Na investigação social, a relação entre o pesquisador e o seu objeto de estudo se estabelece definitivamente.

A visão de mundo do observador é do observado está implicada no processo de conhecimento desde a concepção do objeto, aos resultados do trabalho e à sua aplicação.
Por Zilma Ferreira (em 10/03/2010).

Um comentário:

  1. Luiz Mário de Melo e Silva28 de maio de 2013 às 10:48

    A ciência evoluirá à medida que a natureza, em infinitas relações, produzir fenômenos que serão interpretados pela linguagem, por símbolos que tendem traduzir, representar, caracterizar. Ou seja, natureza e humanidade são uma coisa só onde está última cria mecanismos para desnudar aquela, desnudando-se concomitantemente, como algo refinado através da arte da própria ciências. Isto é: enquanto houver o ser humano a natureza se fará representada por aquele, pela linguagem da arte, da ciência.

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