--------------------------------

"Não é o bastante ver que um jardim é bonito sem ter que acreditar também que há fadas escondidas nele?"
(Douglas Adams, 1952-2001)

Fale com O Pirata!!!

opiratadamata@gmail.com
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Matemática (Gregori Perelman)

A Escola Russa de Matemática

Procurando na internet sobre alguns notáveis na matemática de origem russa, deparo-me com a solução de um dos problemas aberto na matemática, a Conjectura de Poincaré.

Pode parecer contraditório - solução de um problema aberto, mas é isso mesmo! A matemática, como qualquer ciência, possui problemas a serem resolvidos. Engraçado que antes achava que esse mistério, com relação aos conhecedores do mundo dos números, era somente por parte de leigos (ou não iniciados na arte dos números), mas conheci alguns profissionais que acham o mesmo: que na matemática está tudo muito bem acabado.

O curioso é: por que somente com o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas os pensadores (aqui expando para diversas áreas) os soviéticos/russos começaram a ser reconhecidos por seus trabalhos. Pois, se os trabalhos estão sendo reconhecidos, então não começaram ontem, a não ser que os seres do além tenham enviado as soluções.

"Eu não acho que eu seja de interesse público, eu não falo isso por causa da minha privacidade, não tenho nada a esconder. Só acho que o público não deve se interessar por mim. Jornais deveriam ter mais discernimento sobre o que publicar, deveriam ter mais requinte. Até onde eu sei, não ofereço nada que acrescente à vida dos leitores. Publiquei meus achados. É isto que ofereço ao público". É com essas palavras que Grigori Yakovlevich Perelman (ou Grisha Perelman) respondeu a um jornal sobre sua contribuição ao mundo, a solução da Conjectura de Poincaré.

Perelman, à época, da publicação de seu trabalho e validação por outros especialistas abalou a comunidade científica com dois belos golpes. Não publicou seu trabalho em periódicos especializados, as chamadas revistas científicas. Simplesmente, os disponibilizou na internet -- quem mais teria essa coragem? Estes artigos podem ser consultados nos endereços: http://arxiv.org/abs/math/0211159, http://arxiv.org/abs/math/0303109 e http://arxiv.org/abs/math/0307245.

O golpe final ficou pela recusa dos prêmios que adviram com o reconhecimento do seu feito. Provavlmente, Perelman tenha ficado mais famoso pelas recusas dos prêmios oferecidos (Fields Medal), pois a área de suas pesquisas pode ser considerada do domínio de pouquíssimos (uma boa explicação pode ser encontrada em: Perelman e a conjectura de Poincaré). Afinal, em nossa época as pessoas são valorizadas pelos seus contra-cheques. Perelman sabe muito bem que valores escritos em um papel são virtuais e que o trabalho é, antes de tudo, fruto do intelecto, algo  sublime, da natureza, e não de um valor que será recebido em dia certo, portanto, reduzindo a capacidade de alguém. Infelizmente, um feito que não apareceu na "Retrospectiva 2010".
----------------------------------------------------

sábado, 11 de dezembro de 2010

Raul Seixas no Estéreo Saci

Estéreo Saci é um programa de rádio produzido pelo Itaú Cultural (http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2752&categoria=33968) e num dos episódios abordou a história de Raul Seixas  contada de uma forma bem legal que pode ser conferida nos links abaixo.

Especial Raul Seixas (apresentação: Mário Manga) 
PARTE 1  -  PARTE 2  -  PARTE 3


domingo, 5 de dezembro de 2010

Matemática & Ensino...

DOSSIÊ DO (DES)ENSINO DA MATEMÁTICA

A ESTUDANTE E OS SEUS PONTOS

"Eu sou a nata do lixo.
Eu sou do luxo da aldeia"
(Ednardo, cantor /compositor cearense
Música: Terral)

Por Nascimento, J.B.
jbn@ufpa.br
joaobatistanascimento@yahoo.com.br
(Nov/2010)

Avaliação tem que ser algo tradutor além do processo de ensino e aprendizagem para condensar todo o social que estiver refletindo na formação. Porquanto, não existe educação de qualidade quanto essa não tem isso e não haverá isso no Brasil enquanto os métodos e parâmetros corriqueiros não sofrerem alteração. E esses não poderão alterar-se sem que os processos institucionais e de mentalidade, especialmente no ensino superior público, não sofrerem mudanças significativas. E ante possível discussão inútil, lembro que exceção garante apenas que a barbárie não seja total, mas não qualifica o educacional.

O que queremos relata aqui, caso de uma avaliação numa disciplina de matemática do curso de engenharia/UFPa, precisa antes dimensionar o quão trágico é isso no Brasil. E o que simboliza isso é haver livro dito didático das séries iniciais (Dossiê Livro Didático), aprovado por comissão do MEC com mais de 30 membros diplomados no grau máximo, no qual o número sete é ilustrado com um gatinho sendo jogado do sétimo andar. Isso é uma longa história da minha pesquisa que culmina com o MEC defendendo, por denúncia que fiz junto ao MPF-DF, como sendo isso qualificador de material da rede pública. E, uma vez que o MEC assim atua, não fica estranho que autor desta façanha pedagógica seja ovacionado em congresso docente como um dos melhores produtores de livro didático do Brasil.

Na série principal da pesquisa enfoco o que seriam provas de matemática dos vestibulares de universidade pública (Dossiês Vestibulares). Posto que, matemática não influi só na sua parte, pondera muito na de Física e Química. Logo, qualquer desajuste no ensino básico em matemática explode quando candidata-se ao ensino superior. Além disso, matemática é fator determinante para o sucesso dos ingressantes nos cursos de Exatas e Tecnológicas. E a pesquisa demonstra um crime educacional sistêmico via má qualidade de tais provas, porquanto, transfere tudo ao ensino básico, coisa engendrada com mais terminação durante o período da ditadura de 64 com o objetivo de alijar ingresso da rede pública, porquanto, precisava destruir o movimento estudantil pela sua base maior. E o instrumento mais cortante do tecido social que usaram nisso foi encher universidade pública com docente, salvo raras exceções, nomeado apenas pelas querências de general.

O fio condutor de toda pesquisa é o histórico do ocorrido na prova do vest/99/UFPa. Nessa apareceu escrito, mas não apenas esse erro, após dadas condições, "calcule os ângulos INTERVALOS do losango", quando deveria ser "calcule os ângulos INTERNOS do losango", e até docente da USP deu parecer para convencer membro do MPF-Pa de que seria inqualificável para fazer curso superior quem não tivesse esperteza suficiente para entender que o escrito valia tanto quanto o que queriam. Obviamente que tal impostura prejudicaria educando da rede pública, uma vez que, os pré-vestibulares nada disseram, como só dizem algo ante erros estapafúrdios, pois usam "metodologias" que superaram erros.

Somente essa impostura avaliativa prova cabalmente que isso no Brasil é tratado com desleixo até, porquanto, tende mais jogar no lixo alunos talentosos, o que estudou corretamente os conceitos e se empenhou nos seus afazeres. Entretanto, esses são os valores mais fundamentais que qualidade da educação visa proteger. E como já disse, sendo avaliação apenas o ponto condensador, várias outras imposturas permeiam o nosso educacional, algumas dessas são delineadas na pesquisa.

Porquanto, o caso aqui não deixaria de começar por uma dessas. Pois, os formuladores do curso ofertaram três disciplinas avançadas de matemática no mesmo semestre, sendo que uma é pré-requisito fundamental das outras duas. Ou seja, armaram um desastre, independentemente do resultado final, que não há metodologia do ensino capaz nem de amenizar nada. Isso não é nada mais do que um aforamento pedagógico.

O caso da prova começa pela final, na qual fiz constar a seguinte epígrafe:


Pois, embora não possa ser quantificado para avaliação, isso tem o poder de revelar a situação social de alguns pelo estômago. E precisa disto pelo seguinte: esses vivem numa aldeia esplendorosa que, e há muitos, pode dar-se ao luxo de ter um dos auditórios, se isso fosse, mais luxuoso de todas as universidades do Brasil. Pois, nem pense em dizer ser auditório, mas centro de convenção. Antes tais luxos, falar em um prato de comida é lixo, coisa para ter-se vergonha.

Logo acima disto, uma das questões extra, coisa para contemplar quem já tirou dez e estudou em condições de pontuar mais, era essa:

Caso tenha estudado algum método de resolução de Equações Diferenciais Ordinárias que não decorrente de tudo que foi abordado no curso, cito-o e exemplifique.

Agora isso vai revelar outra fome: de livro. Coisa que a biblioteca quase não dispõe, embora a aldeia tenha gráfica poderosa, toda bancada com o erário público, que pode até publicar livros luxuosos que ninguém ler e alguns nem acrescentaria nada se fizesse. E os vendáveis, salvo raras exceções, custam tanto quando de empresa privada e o fato de ser aluno carente não implica em desconto algum.

No corpo da prova propriamente dita, descrevi uma Equação Diferencial Ordinária – E.D.O no parâmetro t e fiz consta num dos coeficientes tg(t), pensando na função tangente. Uma aluna colocou um ponto e fez disto t.g(t). Para quem é até docente, mas não vive de aula, quiçá desenvolveu ojeriza disto, quando muitos já foram além, pois o que paga infinitamente melhor em universidade pública é cargo administrativo, isso é um feito insignificante. Porém, as implicações disto são profundas.

Caso estivesse tratando de um problema prático esse deveria ter poder de avisá-la que isso poderia acarretar uma diferença abismal. Como era teórico, o feito ampliava matematicamente de uma enormidade. Portanto, superar o introduzido pelo ponto, quando não se apavorar era o básico, ficaria o avaliativo mais substanciado. E por assim fazer, essa apagou na sua mente/prova haver tangente, dado que, essa estava no estágio necessário para se fazer avaliação: concentrada. Isso qualquer tumulto quebra e, portanto, prejudica profundamente o avaliativo. Coisa básica que Ministro de Educação deixa entender que nunca soube.

Uma vez ou outra aparecia algum na minha mesa perguntando se era tangente e ao ouvi minha confirmação, já que estava próxima, até que ela tomava um quase espanto. Passava vista na sua prova e, naturalmente, não encontrava nada com tangente. Se essa estive dentro do que é mais comum fazer no Brasil como avaliação, exatamente a mesma prova para todos, isso tinha poder até de bloqueá-la, o famoso branco. E, embora possa parecer inusitado, essa estava ante uma que deixa liberdade para fazer até totalmente diferente, podendo exercer um pouco de criatividade. Coisa que toda atividade de educação precisa deixar espaço, incentivar sempre. Onde aprendi um pouco disso? Só posso dizer que foi catando no lixo das aldeias chamadas de universidades públicas.

Esse ocorrido deveria ser corriqueiro na avaliação, já que educação de qualidade é feita com o que é até bastante simples. Entretanto, entender isso é muito duro para mentalidade que faz a aldeia reluzir por caríssimos e inúteis anúncios luminosos, mas de tão apagada para o educacional faz com que bebedouro, um prato de sopa, livro, etc. sejam lixos. E como é possível fazer o trágico parecer cômico, uma peça publicitária da Caixa Econômica exibida este mês em rede nacional enfoca um universitário tentado enrolar o pai quando esse quis saber da sua nota em Cálculo.

E o meu maior temor é que esse tenha sido reprovado não por falta de conhecimento, mas exatamente pelo contrário. Possível até pensar tão rápido que fez tudo para ser aprovado, como uma intervenção perspicaz, mas o que ocupava o espaço como docente nem percebeu. Existe este tipo de estudante? Há, não tenho dúvida e ninguém deveria chegar perto de uma sala de aula sem essa certeza. Porém, isso fica quase impossível de ser revelado quando esse apenas pegou na prova e as fomes que estão no sistema gritam.

E, por último, o ponto da aluna se fez tantos outros ao ponto de dispensá-la para fazer mais e agora sou eu o livre para tentar, esperando vencer amarras (inter)postas, conseguir mais alunos com pontos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Julio Cezar Ribeiro de Souza (Amazônia, inventor, dirigível, plágio)

Em tempos de ideias e olhares para o mundo Amazônico, cada vez mais parece-me que estamos a anos-luz dos interessados (ou interesseiros) e não fazemos questão de perceber isso.

Se você tem uma ideia, tome muito cuidado onde irá expô-la, pois este infeliz exemplo (com Julio Cezar Ribeiro de Souza) acontece de diversas formas no dia-a-dia. Primeiro a sedução e depois o golpe certeiro!



Referências:

Artigo: BARATA, Germana. Outro pioneiro do brasil na navegação aérea. Cienc. Cult. [online]. 2004, vol. 56, no. 1, pp. 58-59. ISSN 0009-6725. (link)

Documentário (Ganhador do DOC-TV 2005): O Homem do Balão Extravagante ou as Tribulações do Paraense que Quase Voou. Direção Horácio Higuchi.

Julio Cezar Ribeiro de Souza (Laboratório de Física - UFPA): http://www3.ufpa.br/fisescola/jcrs/jcrs.html

Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BAlio_C%C3%A9sar_Ribeiro_de_Sousa

Artigo: Voando com os pássaros. Scientific American Brasil, 2003.


Filosofia (links)

A Erva do Diabo_Carlos Castaneda.doc.zip (livro)

O Monismo_Ernest Haeckel.pdf (livro)

Ordo_Amoris_
M Scheler.pdf

Plantas de los Dioses_
Schultes & Hofmann.pdf (livro)

Problemas na Filosofia Brasileira (vol II)_Paim.pdf


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Estatística (links)

Artigos, manuscritos, notas de aula, apostilas e livros sobre Estatística e Matemática. Todos estão hospedados na internet e aqui, encontram-se apenas os links; nenhum destes textos é vendido no "Pirata".


A
 
A First Course in Statistical Programming with R_W. John Braun & Duncan J. Murdoch.

Algebra Linear_UERJ



Análise Multivariada_Daniel F. Ferreira [pdf]


Andrew Wiles e "O Último Teorema de Fermat"
  1. Ring-theoretic properties of certain Hecke algebras (By Richard Taylor & Andrew Wiles). Annals of Mathematics, 141(1995), 553-572.
  2. Modular elliptic curves and Fermat's Last Theorem (By Andrew Wiles). Annals of Mathematics, 142(1995), 443-551.


B




C
Cálculo A_Diva_Flemming (livro)

Cálculo Diferencial e Integral - Volume I [N. Piskounov] (livro)

Cálculo Diferencial e Integral - Volume II [N. Piskounov] (livro)

Cálculo Diferencial e Integral III - Eq. Dif. Ord. (livro)

Cálculo: Volume I_Mauricio Vilches e Maria Correa - UERJ
(livro)

Cálculo: Volume II_Mauricio Vilches e Maria Correa - UERJ (livro)

Cálculo: Volume III_Mauricio Vilches e Maria Correa - UERJ (livro)

Cônicas e Quadráticas_Jacir Venturi (livro) [html]

Curso de Análise Real e guia de estudo_Cassio Neri e Marco Cabral (livro)

Curso sobre o programa computacional R_Paulo Justiniano Ribeiro Jr. [pdf]

D


E
Elementos, Os. (Versão: Inglês - Grego)_Euclides de Alexandria

Equações Diferencias_Métodos de Séries (livro)

Estatística Computacional Utilizando R_Daniel Furtado Ferreira


F


G
Galeria de Gráficos do R: página que ilustra a diversidade gráfica do R

Gregory Perelman e a Conjectura de Poincaré
 
  1. Finite extinction time for the solutions to the Ricci flow on certain three-manifolds.
  2. Ricci flow with surgery on three-manifolds.
  3. The entropy formula for the Ricci flow and its geometric.


H


I
 
Introduction Monte Carlo Methods with R (livro) 

Introduction Monte Carlo Methods with R (slides baseados no livro)


Introduction to Probability_Charles M. Grinstead & J. Laurie Snell 



Introdução ao Ambiente Estatatístico R_Paulo Justiniano Ribeiro Jr. [pdf]

Introdução ao Cálculo das Probabilidades e Combinatória (livro)

Introdução à Topologia Algébrica (livro)






J

K

L
LATEX

  1. A begginer's introduction to typesetting with LATEX_
  2. Aprendendo LATEX_Cristina L. D. Vaz
  3. Breve Introdução ao LATEX_
  4. Introdução ao LATEX_
  5. Introdução ao LATEX em 105 minutos_
  6. Introdução ao uso do preparador de documentos LATEX_
  7. Pequeno manual de introdução ao LATEX_



M
Model-based Geostatistics_Peter J. Diggle & Paulo J. Ribeiro Jr. (livro on-line)

N

Página onde diversos livros podem ser encontrados: http://www.ime.uerj.br/~calculo/c.html.



S
Softwares:

- Action

- BioEstat 5.0

- R
          Lista de discussão: http://r-br.2285057.n4.nabble.com/

          Cartão de referência: http://cran.r-project.org/doc/contrib/Short-refcard.pdf

T
Teoria da Resposta ao Item: Conceitos e Aplicações. Andrade, D.F.; Tavares, H.R. & Valle, R.C.


Topologia Geral (livro)


U 


V

Visual Basic for Applications (Apostila)


W X Y Z



terça-feira, 2 de novembro de 2010

O mundo sem ninguém - Life after people (Documentário)

Um pouco de ficção para abrirmos um bom debate.
























Mulheres, Brasil, política, machismo...

As mulheres

A disputa política tende a tratar o povo como estúpido. E nesse meio a mulher parece a mais prejudicada – para não dizer, desrespeitada. Pois, nestes tempos de redemocratização, sobretudo no atual governo presidencial, as mulheres têm sofrido certo grau de discriminação se forem comparadas aos homens do presidente.

Benedita da Silva, Matilde Ribeiro, Heloisa Helena, Marina Silva, Erenice Guerra são exemplos de mulheres que experimentaram o ranço de machismo que ainda impera no País, fato ocorrido por se encontrarem em situações que poderiam causar algum desgaste ao presidente Lula.

É inquestionável a autonomia do superior hierárquico quanto à orientação que devem seguir os subordinados, ainda que para mantê-la seja necessário a dispensa de pessoas que não contemplem o perfil desejado. A questão é a maneira como se deu o desligamento das pessoas elencadas, ou seja, em rito sumário.

Coisa diferente ocorreu com os homens do governo federal, que tiveram a complacência do presidente, com tempo suficiente para apresentarem suas defesas em público. Houve até quem “recebesse cheque em branco”.

No jogo político os integrantes das equipes sabem a função a desempenhar, ainda mais quando tem que estar prontos para o sacrifício às ordens do capitão do time (para ficarmos na metáfora futebolística de Lula), como fizeram as mulheres do presidente, que foram defenestradas sem dó nem piedade – em casos que não há espaço para comentar.

Todavia, um fato curioso que passa amazonicamente despercebido se refere à esposa de Lula, sra. Marisa.

Aqui a questão não é tratar de algo pessoal. Ate porque o respeito e veneração às mulheres é a tônica do texto, bem como do autor.

O que sobressai é que nos governos civis as mulheres dos ex-presidentes ocuparam funções públicas, em pastas relacionadas a programas sociais, algo que parece se adequar ao perfil feminino, havendo até quem elaborasse programas nesse sentido – coisa que não ocorre no atual governo.

Qual seria o motivo da diferença deste governo para os anteriores? Seria personalismo, egoísmo?, impedindo que a mulher deixe de ocupar um cargo que supostamente seria feminino. Sim, porque, o que faz o presidente Lula atingir índice de popularidade como “nunca antes na história do País” são os programas sociais implementados em maior escala.

Sendo o personalismo o norte seguido por Lula, ele, então, afasta sua esposa para desfrutar das glória que caberia a ela, já que, em se tratando da questão econômica/financeira, que requer domínio científico, o presidente demonstra deficiência, para não dizer ignorância, haja vista não alterar – e seguir à risca – o programa de seu antecessor, além de dizer não ter apreço por estudo. Sendo, então, mais fácil para ele desempenhar, simbolicamente, a condição de mãe no papel de conciliadora à área restrita ao lar, como culturalmente é vista a mulher.

Mas a grande incógnita é: o que será da sra. Dilma na condição de presidenta da República, tendo políticos profissionais envolvidos em crimes nos bastidores do poder possivelmente a acossá-la por proteção. Lula estará sem mandato, logo, estará sem imunidade do cargo. E tendo o perfil que possui o que poderá ocorrer? Ainda mais sabendo que Dilma é neófita em mandato político, e, o pior, sem base de sustentação como são os vários grupos que apoiam os profissionais da política de longas datas.

Confesso estar temeroso quanto ao que pode acontecer a Dilma. Extensão que faço a todas mulheres, que poderão ser vistas de maneira pejorativa se Dilma claudicar em sua missão, pois outra característica pode ser acrescida ao caráter de Lula, que é o machismo, como os fatos demonstrados afirmam, embora isso seja calculadamente escamoteado pelo próprio Lula e os áulicos que gravitam ao seu redor; machismo que se encontra em estado de leve sonolência na sociedade, mas ameaça despertar com fúria, como ocorre com o caso do aborto em que a mulher não pode decidir sobre seu corpo.

Esta pode ser uma observação equivocado. Mas o contrário pode fazer sofrer todos e todas. Com a palavra, as mulheres.



Autor: Luiz Mário de Melo e Silva
Coord. Do Fórum em Defesa do Meio Ambiente de Icoaraci (FDMAI)
e-mail: luizmario_silva@yahoo.com.br
Icoaraci – Belém – Pará.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Formas de Arte da Natureza

Em tempos que parecem invertidos, onde a natureza é manipulada e "inventada", o famoso livro Kunstformen der Natur (1904) de Ernst Haeckel não poderia ter nome melhor ("Formas de Arte da Natureza"), pois reaviva a memória de que somos interrelacionados e nos inspiramos na natureza e não o contrário (são os seres vivos máquinas ou as máquinas foram inventadas com base nos seres vivos?).
A ideia é apresentar todas as imagens do livro juntamente com links para o esclarecimento de cada um dos grupos apresentados. Sem mais delongas:

Capa de Kunstformen der Natur, Ernst Haeckel.

























... continua ...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eleições

Democracia para quem?

Há bastante tempo, os políticos profissionais têm enfiado goela abaixo do povo a ideia de democracia como sendo o governo do povo, pelo povo e para o povo, já que, segundo eles, democracia deriva de demo (povo) + cracia (governo), embora uma observação mais acurada não confirme isso.

Aliás, a prática da política profissional neste País demonstra perfeitamente o que vem a ser democracia, ou seja, a vontade de uma minoria sobre a maioria, pois onde já se viu quem governa ser obrigado a alguma coisa, sobretudo votar?

Todavia, é importante separar o joio do trigo para não haver engano. Isto é: democracia há, mas apenas para a elite e para os políticos profissionais, que não são obrigados a nada, enquanto a trampa é para o povo, obrigado a tudo. E, aliás, o povo vive sob o medo do político profissional, que se prevalece disso.

Para não restarem dúvidas, apesar da obviedade, é de fundamental importância lembrar quem faz as leis é quem governa. E as leis jamais serão contra seus autores, ou não? Por isso é que essa gente nunca vai para a cadeia.

E a trampa é sempre maior quando o povo clama por justiça, que nunca chega. Também, pudera: a Justiça se submete à lei que é feita pelos corruptos, ladrões do dinheiro público, enfim, por uma guangue que só tem a preocupação com seu próprio bolso, com sua conta bancária.

A penca de casos de políticos profissionais, que nunca são condenados e, obviamente, presos é o mais perfeito exemplo dessa democracia de trampa, ficando claro, então, que nessa democracia não há justiça – embora os neófitos da jurisprudência tentem justificar o injustificável com um idealismo messiânico propagado no vácuo deixado pelos decanos que se fingem de mortos.

Livres e com a proteção das leis, os políticos profissionais se servem da representatividade arrancada pelo voto obrigatório e praticam toda sorte de crimes. Mantêm-se empregados com ótimo salário, somado às verbas de gabinetes (o que dá numa excepcional montanha de dinheiro). E o que é pior: ainda roubam o dinheiro público, que é de eleitor.

Mas, como “tudo o que é sólido se desmancha no ar”, segundo Karl Marx, isso tem levado a reações esporádicas do povo, manifestadas na alta rejeição dos políticos profissionais, estejam eles no Executivo, Legislativo e Judiciário e no repúdio às eleições através de frases como: “votar é empregar político para roubar o povo” e “eleição é concurso para ladrão”.

E negar esse movimento é manter a opressão como uma falsa liberdade de escolha, como vem fazendo a elite por meio de um segmento de sua superestrutura, notadamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a propaganda em favor das eleições que diz ser a “festa da democracia”.
Sua democracia, claro.

Autor: Luiz Mario de Melo e Silva (Coordenador do Fórum em Defesa do Meio Ambiente de Icoaraci – FDMAI)
e-mail: luizmario_silva@yahoo.com.br

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ciência

O conhecimento científico: previsões e provas

O uso da palavra previsão em textos ou palestras científicas nunca me agradou. Antes de refletir um pouco mais sobre o assunto, apenas ficava incomodado sem compreender a imensa importância que esta palavrinha traz ao fazer científico. Tentarei definir a acepção de previsão.

O dicionário Houaiss informa-nos que previsão é: 1. ato ou efeito de prever; antevisão, presciência; 2. presságio; e 3. antecipação, na base de suposições, do que ainda não aconteceu; conjectura. Faço o questionamento: Ciência é algo sobrenatural?

Quem caminha pela orientação da razão e faz ciência deplora a pseudociência. Mas, então, por que usa-se tanto um termo que é do universo da pseudo-ciência. Alguém, astuto, indagará de imediato: meteorologia é ciência e quando fala-se do tempo no telejornal é usado a palavra previsão! Flechada certeira! Diria que a culpa está nos próprios cientistas que orgulham-se em demonstrar "superioridade" em relação aos leigos (prefiro dizer: aos não iniciados na Arte da Ciência). É o caso onde a regra vale somente para o outro.

Algumas alternativas ao uso de "previsão" seriam: projeção, predição, extrapolação..., pois o pesquisador: conclui baseado em observações anteriores, ou seja, a partir do presente tenta-se enchergar o futuro e não (como a palavra previsão traz em sua semântica) vê o futuro e vem nos contar, afinal, quem exporia tamanha vantagem (Como observou Stephen Hawking em "Uma nova história do tempo") sem nada em troca (seria um deus?).

Por outro lado e consequência do primeiro, as ditas provas científicas são definidas com base nas previsões. Mas se o cientista não preve nada, como está provado? Parece que esquecemos de apoiarmos "sobre ombros de gigantes", pois o trabalho de Karl Popper, o qual acendeu a luz da humanidade que a ciência não prova nada, apenas desprova: é o método hipotético-dedutivo. Essa pequena diferença parece irrelevante, mas não é! Dúvide sempre, de qualquer afirmação (inclusive desta!), quando alguma "autoridade científica" disser: "...está provado cientificamente".

Um exemplo, que deteriora os grandes autores construtores da metodologia científica, é o caso da construção da UHE de Belo Monte, no rio Xingu, Pará, Amazônia. Quando as ditas autoridades pronunciam-se dizem que cientificamente não tem como nada dar errado e que a ciência já provou a viabilidade do empreendimento. Esquecem (ou escamoteiam como diria o Luiz Mário de Melo e Silva) que a Estatística mostra que toda equação (leia-se representação ou resumo da realidade) possui erro, que é a variabilidade, a aleatoriedade, variáveis (ou variável) que não são mensuráveis e influenciam todo o estudo, toda observação. Fazer ciência é buscar a verdade, sempre, e não a busca pela primeira verdade.

Autor: Paulo Guilherme Pinheiro
e-mail: pauloguilhermez@yahoo.com.br