Ruazinha
Minha rua de terra batida vai dar no mato,
Além de parecer erma.
Algum desavindo, diria:
- Vai do nada a lugar nenhum!
Pois em sua semelhante estética antropofágica
O espaço se faz o devorador dos poucos casebres existentes,
Norteando o limbo para a ruazinha.
Ainda assim crianças brincam de roda,
Vizinhos tertuliam,
Cães perseguem um gato,
Os sapos coaxam e uma coruja pia.
E se nela estivesse,
Saberia para onde marchar José.
É onde sem etiquetas (entre elas, a do tempo)
A vida está!
AUTOR: O pixador
Em 07/12/2009
(Período de transição)
Infelizmente, o mato de minha rua só ninha.
ResponderExcluirAquela Amazônia propagandeada por Jean Manzon não existe mais (se é que existiu!). A floresta virou concreto, o rio virou esgoto (que rima com escroto). O engraçado é que o letargia coletiva diz que isso é o progresso (o preço a se pagar); e o esgoto virou sinônimo de canal (que já foi um igarapé) porque a Doca tem um e lá só mora barão (e o pobre não quer o que o rico tem? então!)
Mas a vida ainda vive! A vida é uma incerteza interrelacionada com infinitas conexões, por isso o Determinismo não explica se ela vai acabar ou continuar. O cientificismo, pior ainda!