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"Não é o bastante ver que um jardim é bonito sem ter que acreditar também que há fadas escondidas nele?"
(Douglas Adams, 1952-2001)

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Poesia Amazônida

Ruazinha


Minha rua de terra batida vai dar no mato,

Além de parecer erma.

Algum desavindo, diria:

- Vai do nada a lugar nenhum!

Pois em sua semelhante estética antropofágica

O espaço se faz o devorador dos poucos casebres existentes,

Norteando o limbo para a ruazinha.

Ainda assim crianças brincam de roda,

Vizinhos tertuliam,

Cães perseguem um gato,

Os sapos coaxam e uma coruja pia.

E se nela estivesse,

Saberia para onde marchar José.

É onde sem etiquetas (entre elas, a do tempo)

A vida está!


AUTOR: O pixador
Em 07/12/2009
(Período de transição)

Um comentário:

  1. Infelizmente, o mato de minha rua só ninha.
    Aquela Amazônia propagandeada por Jean Manzon não existe mais (se é que existiu!). A floresta virou concreto, o rio virou esgoto (que rima com escroto). O engraçado é que o letargia coletiva diz que isso é o progresso (o preço a se pagar); e o esgoto virou sinônimo de canal (que já foi um igarapé) porque a Doca tem um e lá só mora barão (e o pobre não quer o que o rico tem? então!)
    Mas a vida ainda vive! A vida é uma incerteza interrelacionada com infinitas conexões, por isso o Determinismo não explica se ela vai acabar ou continuar. O cientificismo, pior ainda!

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