Canalhice
por Luiz Mário de Melo e Silva*
A política, como mecanismo “civilizado” de tomada e manutenção do poder, é reveladora (e autorreveladora). Mas é na campanha eleitoral que atinge o ápice dessa condição, pois, se bem observado, os candidatos, ainda que tentem, através do marquetingue, se mostrar como a melhor mercadoria a ser comprada (sim, porque na sociedade capitalista a conduta moral e o padrão cultural é o hiperconsumismo, sobretudo de supérfluo) só conseguem tal intento de maneira pouco honesta.
Todos devem imaginar que o eleitor é algum palhaço ao se apresentarem com largos sorrisos, como fazem aqueles que já estiveram em algum circo diante de palhaços, gargalhando, enquanto eles (os palhaços) permanecem sérios, alguns com semblantes de tristeza. Mas eles (os candidatos) ainda dizem respeitar o eleitor. Será?
A falta de seriedade começa aí e não tem limites. O que dizer daqueles que tentam esconder a aliança com um partido que tem a fama de ser de corruptos, ao retirar a sigla do partido da bandeira? Ou não assumir publicamente que é filiado ao mesmo? Ou ainda, dissimular, escamoteando a cor predominante do partido que deve prevalecer em sua bandeira, já que ela carrega as mensagens que o partido ou pessoa propõe defender?
Outra questão é o abuso que ocorre depois de eleitos, pois esquecem(?) que são servidores públicos e se portam como donos do cargo público que assumem, passando, então, a impor suas vontades a partir da coisa pública. Aliás, seria interessante perceber que quando se apresentam para um concurso público (e a eleição é o mais original concurso dessa natureza) são cândidos servidores que, com o tempo, se promovem a funcionários públicos e depois se impõem como autoridades. Ou seja, se concedem autopromoções (a redundância é proposital), num ato de desonestidade pública.
Entre vários exemplos há o referente ao público izabelense mais humilde que é vítima de algo assim, num escandaloso flagrante. Quem não se lembra de um evento acontecido em praça pública onde o público (legítimo dono, em se tratando de República) foi impedido de freqüentar tal espaço, tendo, portanto, negado seu direito natural e legítimo? Recorde que entre os promotores estavam a prefeitura e o estado que tem a finalidade servir ao publico e não proibi-lo de usufruir de algo que é seu. Como pode o servidor proibir a quem lhe dá a condição de ser, de existir enquanto tal, a quem serve?! Isto é um abuso, um absurdo e tende a se configurar em crime de lesa-dignidade (ou mais outras coisas), para ficar em apenas um exemplo, já que o espaço é curto para abordar outros casos que serão apresentados oportunamente.
E nesse sentido, algo semelhante e nefasto tende a ocorrer após a eleição justamente por conta do que vem sendo sugerido sob a cor verde, diga-se.
Todos sabem que o verde simboliza a ecologia (ou a natureza para ser mais exato) e quem faz uso dessa cor tem que possuir com extrema responsabilidade o compromisso com a vida, haja vista que a natureza é sua fonte. Mas será que o partido, ou quem dela se utiliza, tem em seu histórico esse compromisso com a natureza, onde todos são seus dependentes? Ou será que só poucos irão se safar em detrimento da maioria caso ocorra algum indesejável fenômeno natural provocado pela poluição ambiental em decorrência do total desrespeito a ela, como acontece com o público constantemente desrespeitado por aqueles que se dizem seus representantes?
Assim uma catástrofe ambiental – e humana - é tão certa que até já foi anunciada por uma tal “onda verde” com um infeliz uso da cor verde em um espaço onde a natureza foi eliminada para dar lugar ao preto do asfalto, como ocorreu na av. Antônio Lemos, segundo o criador do paradoxo que talvez(?) sem perceber, acabou por, vias tortas, homenageando o executor de tal crime ambiental.
Portanto, não há algo mais público que a natureza (as praças confirmam isso). E político que não respeita a natureza não tem respeito também pelo público; mas que de tudo faz para iludir e dominar o eleitor, como acontece no processo eleitoral ao contar com o total apoio de puxa-sacos (e asseclas – e porque não?), revelando-se, assim, numa usina de canalhice.
A política, como mecanismo “civilizado” de tomada e manutenção do poder, é reveladora (e autorreveladora). Mas é na campanha eleitoral que atinge o ápice dessa condição, pois, se bem observado, os candidatos, ainda que tentem, através do marquetingue, se mostrar como a melhor mercadoria a ser comprada (sim, porque na sociedade capitalista a conduta moral e o padrão cultural é o hiperconsumismo, sobretudo de supérfluo) só conseguem tal intento de maneira pouco honesta.
Todos devem imaginar que o eleitor é algum palhaço ao se apresentarem com largos sorrisos, como fazem aqueles que já estiveram em algum circo diante de palhaços, gargalhando, enquanto eles (os palhaços) permanecem sérios, alguns com semblantes de tristeza. Mas eles (os candidatos) ainda dizem respeitar o eleitor. Será?
A falta de seriedade começa aí e não tem limites. O que dizer daqueles que tentam esconder a aliança com um partido que tem a fama de ser de corruptos, ao retirar a sigla do partido da bandeira? Ou não assumir publicamente que é filiado ao mesmo? Ou ainda, dissimular, escamoteando a cor predominante do partido que deve prevalecer em sua bandeira, já que ela carrega as mensagens que o partido ou pessoa propõe defender?
Outra questão é o abuso que ocorre depois de eleitos, pois esquecem(?) que são servidores públicos e se portam como donos do cargo público que assumem, passando, então, a impor suas vontades a partir da coisa pública. Aliás, seria interessante perceber que quando se apresentam para um concurso público (e a eleição é o mais original concurso dessa natureza) são cândidos servidores que, com o tempo, se promovem a funcionários públicos e depois se impõem como autoridades. Ou seja, se concedem autopromoções (a redundância é proposital), num ato de desonestidade pública.
Entre vários exemplos há o referente ao público izabelense mais humilde que é vítima de algo assim, num escandaloso flagrante. Quem não se lembra de um evento acontecido em praça pública onde o público (legítimo dono, em se tratando de República) foi impedido de freqüentar tal espaço, tendo, portanto, negado seu direito natural e legítimo? Recorde que entre os promotores estavam a prefeitura e o estado que tem a finalidade servir ao publico e não proibi-lo de usufruir de algo que é seu. Como pode o servidor proibir a quem lhe dá a condição de ser, de existir enquanto tal, a quem serve?! Isto é um abuso, um absurdo e tende a se configurar em crime de lesa-dignidade (ou mais outras coisas), para ficar em apenas um exemplo, já que o espaço é curto para abordar outros casos que serão apresentados oportunamente.
E nesse sentido, algo semelhante e nefasto tende a ocorrer após a eleição justamente por conta do que vem sendo sugerido sob a cor verde, diga-se.
Todos sabem que o verde simboliza a ecologia (ou a natureza para ser mais exato) e quem faz uso dessa cor tem que possuir com extrema responsabilidade o compromisso com a vida, haja vista que a natureza é sua fonte. Mas será que o partido, ou quem dela se utiliza, tem em seu histórico esse compromisso com a natureza, onde todos são seus dependentes? Ou será que só poucos irão se safar em detrimento da maioria caso ocorra algum indesejável fenômeno natural provocado pela poluição ambiental em decorrência do total desrespeito a ela, como acontece com o público constantemente desrespeitado por aqueles que se dizem seus representantes?
Assim uma catástrofe ambiental – e humana - é tão certa que até já foi anunciada por uma tal “onda verde” com um infeliz uso da cor verde em um espaço onde a natureza foi eliminada para dar lugar ao preto do asfalto, como ocorreu na av. Antônio Lemos, segundo o criador do paradoxo que talvez(?) sem perceber, acabou por, vias tortas, homenageando o executor de tal crime ambiental.
Portanto, não há algo mais público que a natureza (as praças confirmam isso). E político que não respeita a natureza não tem respeito também pelo público; mas que de tudo faz para iludir e dominar o eleitor, como acontece no processo eleitoral ao contar com o total apoio de puxa-sacos (e asseclas – e porque não?), revelando-se, assim, numa usina de canalhice.
*Coord. do Fórum em Defesa do Meio Ambiente de Icoaraci (FDMAI)
E-mail: luizmario_silva@yahoo.com.br / Tel.: 83636720 – Icoaraci – Belém Pará.