A construção da UHE-Belo Monte é, há mais de 20 anos, o grande pilar da propaganda governamental para resolver o possível problema da falta de energia elétrica no país. Como propaganda é a “alma” do negócio (os governos não escondem que conhecem e levam a risca esta regra, quase a transformando em um axioma!) de uma hora para outra os mitos saem dos contos e são materializados.
Mas o que o apagão ocorrido em 10 de novembro de 2009, o qual atingiu 18 estados brasileiros, tem com Belo Monte? Tudo! Dias após o blackout as discussões sobre o novo-velho colosso de concreto voltou à pauta do governo federal. Os entraves (para o governo) dos custos ambientais agora podem ser ponderados com a propaganda (transformada em verdade absoluta) da necessidade de construção da usina na grande volta do rio Xingu.
Embora as explicações sobre o que levou ao apagão ainda não terem saído do plano das especulações (achismo!), vide o novo instituto consultado pelo governo: Fundação Cacique Cobra Coral (mal-aventurados aqueles que trabalham em órgãos federais de pesquisa, ciência e tecnologia), há de se perguntar: quem será o culpado, se houver? Pois o sistema de transmissão de energia é completamente informatizado, portanto, rapidamente o histórico do que realmente levou ao apagão pode ser recuperado. Basta vontade!
Infelizmente, a construção de novas barragens no Inferno Verde é um resultado exato, total platonismo, sem erro (incerteza) – o que diria Werner Heisenberg? – na equação governamental da geração de energia elétrica brasileira.
Autor: Paulo Guilherme Pinheiro; pauloguilhermez@yahoo.com.br
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OBS: Uma versão deste foi publicada no jornal Diário do Pará, espaço do leitor, em 24 de novembro de 2009.
Mas o que o apagão ocorrido em 10 de novembro de 2009, o qual atingiu 18 estados brasileiros, tem com Belo Monte? Tudo! Dias após o blackout as discussões sobre o novo-velho colosso de concreto voltou à pauta do governo federal. Os entraves (para o governo) dos custos ambientais agora podem ser ponderados com a propaganda (transformada em verdade absoluta) da necessidade de construção da usina na grande volta do rio Xingu.
Embora as explicações sobre o que levou ao apagão ainda não terem saído do plano das especulações (achismo!), vide o novo instituto consultado pelo governo: Fundação Cacique Cobra Coral (mal-aventurados aqueles que trabalham em órgãos federais de pesquisa, ciência e tecnologia), há de se perguntar: quem será o culpado, se houver? Pois o sistema de transmissão de energia é completamente informatizado, portanto, rapidamente o histórico do que realmente levou ao apagão pode ser recuperado. Basta vontade!
Infelizmente, a construção de novas barragens no Inferno Verde é um resultado exato, total platonismo, sem erro (incerteza) – o que diria Werner Heisenberg? – na equação governamental da geração de energia elétrica brasileira.
Autor: Paulo Guilherme Pinheiro; pauloguilhermez@yahoo.com.br
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OBS: Uma versão deste foi publicada no jornal Diário do Pará, espaço do leitor, em 24 de novembro de 2009.